Sidney Silveira
Não é ocioso consignar que tenho amigos liberais, que muito me honram com a sua amizade. E por “liberais” entendam-se pessoas que estão inseridas na cosmovisão em que todos os tipos de liberalismo encontram a sua fonte — e cujas características principais, entre outras, são: crença na autonomia da consciência individual (com noções errôneas de todos os termos aí implicados, isto é: do que seja autonomia, do que seja consciência e do que seja individual); crença na idéia de que a liberdade está nas próprias escolhas livres (coisa que é, metafisicamente, impossível, pois há uma realidade anterior às escolhas, e que é a ratio essendi da liberdade, como já vimos); problematização das relações Estado/indivíduo, que na visão liberal assumem papéis em geral antagônicos; e várias outras concepções contrárias à cosmovisão cristã e, portanto, também contrárias a que estejamos em guarda contra o pecado e, por conseguinte, lutando pela salvação das nossas almas — o que é, para o católico apostólico romano, a maior das batalhas. Basta ver a ação dos santos de todos os tempos! Portanto, como católico, rezo para que esses queridos amigos se convertam à verdadeira fé, e que a sua razão passe a estar sub lumine fidei e não sub lumine egorum sui. Sim, pois a luz da fé, que é sustentada pelo próprio Deus que se revelou, está muito acima da luz da razão e, mais ainda, da pálida e efêmera luz das consciências individuais, que, se não tiver base exterior sólida, apenas infla os egos e instila o espírito da soberba, tão contrário a Deus.
Não é ocioso consignar que tenho amigos liberais, que muito me honram com a sua amizade. E por “liberais” entendam-se pessoas que estão inseridas na cosmovisão em que todos os tipos de liberalismo encontram a sua fonte — e cujas características principais, entre outras, são: crença na autonomia da consciência individual (com noções errôneas de todos os termos aí implicados, isto é: do que seja autonomia, do que seja consciência e do que seja individual); crença na idéia de que a liberdade está nas próprias escolhas livres (coisa que é, metafisicamente, impossível, pois há uma realidade anterior às escolhas, e que é a ratio essendi da liberdade, como já vimos); problematização das relações Estado/indivíduo, que na visão liberal assumem papéis em geral antagônicos; e várias outras concepções contrárias à cosmovisão cristã e, portanto, também contrárias a que estejamos em guarda contra o pecado e, por conseguinte, lutando pela salvação das nossas almas — o que é, para o católico apostólico romano, a maior das batalhas. Basta ver a ação dos santos de todos os tempos! Portanto, como católico, rezo para que esses queridos amigos se convertam à verdadeira fé, e que a sua razão passe a estar sub lumine fidei e não sub lumine egorum sui. Sim, pois a luz da fé, que é sustentada pelo próprio Deus que se revelou, está muito acima da luz da razão e, mais ainda, da pálida e efêmera luz das consciências individuais, que, se não tiver base exterior sólida, apenas infla os egos e instila o espírito da soberba, tão contrário a Deus.
Sendo assim, que fique muito claro o seguinte: este é um espaço de combate de idéias, e não de ataque a pessoas (entre as quais inclusive há grandes amigos), pois não temos o intuito de criar polêmicas vazias, que são — em quase 100% dos casos — uma ocasião de grande pecado e de disseminação de erros. Nesse combate à cosmovisão liberal (que é um combate másculo, sem nenhum prurido de donzela vitoriana), nem eu nem o Prof. Nougué desrespeitaremos pessoalmente a ninguém, e portanto não há chance de se encontrarem aqui palavras de calão nem expressões vulgares e ofensivas — aliás, adiante publicaremos no blog uma mini disputatio sobre se é lícito usar palavras sujas (os daninhos palavrões) numa discussão com oponentes filosóficos, ainda que estes sejam os mais desonestos. Uma disputatio com objeções, sed contra, resposta magistral e soluções, como manda o figurino.
Para as almas sensíveis ou lânguidas, lembramos que o espírito combativo é típico da defesa da fé, e não é à toa que o encontramos em inumeráveis santos, filósofos e teólogos da Igreja. O próprio Santo Tomás nos dá exemplos veementes, pois escreveu 12 livros “contra”: Contra impugnantes Dei cultum et religionem (cujas primeiras palavras dão título ao nosso espaço); Contra errores Graecorum; Contra Gentiles; Contra retrahentes; etc. É bem verdade que está absolutamente fora de moda fazer a defesa da fé, em particular tendo como instrumento este que é o Doutor Comum da Igreja, pois o tomismo hoje academicizou-se por demais e, muitas vezes, trocou o essencial pelo acessório. Mas esta é uma história para outro post.