terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Guerra do Iraque: o "mea culpa" de Bush

Sidney Silveira
Enquanto o governo do “traidor” da causa liberal George W. Bush continua emprestando dinheiro a rodo a alguns apaniguados da Corte — só na semana passada, foram US$ 20 bilhões para o Citigroup e a mixaria de US$ 800 bilhões para descongelar o crédito —, agora vem a bomba das bombas: o próprio Bush diz (com todas as letras!) que O MAIOR ERRO do seu governo foi acreditar no relatório da Inteligência que apontava para a existência de armas de destruição em massa no Iraque.

Meu maior arrependimento é o erro da Inteligência no Iraque. Muita gente apostou sua reputação ao dizer que as armas de destruição em massa eram uma razão para derrubar Saddam Houssein.

Vocês dimensionaram isto, amigos? Essa confissão formal, direta, é muito mais espetacular do que a de Alan Greespan, porque se perderam milhares e milhares de vidas de civis, um país foi totalmente destruído — irresponsavelmente destruído numa guerra desproporcional, no que diz respeito às forças de cada um dos lados.

Que vão dizer agora os teóricos ultraliberais que apoiaram Bush? No Brasil, na época da Guerra, os partidários da “causa” usaram de todo o seu arsenal loquaz para justificá-la. Provavelmente, farão exatamente como Bush, que, ao final da entrevista em que confessou não haver arma de destruição em massa nenhuma (além, é claro, das usadas por seu governo contra civis indefesos), disse: “Saio de cabeça erguida”.

É isso mesmo: o orgulho jamais baixa a cabeça.