domingo, 15 de março de 2009

Deposição da autoridade

Sidney Silveira
O mesmo que eu disse, acerca de outro assunto, repito agora: é I-NA-CRE-DI-TÁ-VEL. Alguns representantes religiosos parecem estar voluntariamente depondo a sua autoridade magisterial, desprezando a potestas docendi transmitida pelo próprio Cristo à Igreja, para a qual Nosso Senhor dotou-a de dons e carismas sobrenaturais. Assim, parecem definitivamente ter esquecido a coragem cristã, a coerência cristã, a santa intransigência cristã, as virtudes heróicas cristãs, a doutrina cristã, a verdadeira caridade cristã (que é muito mais do que mera solidariedade humana), o sangue dos Santos mártires, etc. Tudo em favor de uma paz mundana, uma paz política — no sentido maquiavélico. É, pois, chegada a hora da perseverança: no mundo inteiro, tanto leigos como sacerdotes conhecedores da doutrina precisam, urgentemente, defendê-la contra esse vírus liberal democratista e politicamente correto, e por correção fraterna chamar a atenção das autoridades que defraudam as verdades fundamentais. E, de fato, já o estão fazendo em vários países — inspirados no exemplo corajoso, heróico, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X —, ainda que sob críticas de todos os lados, ainda que pondo em risco os empregos ou a própria vida, ainda que escarnecidos torpemente. O modelo dessa conduta no-lo deu o próprio Cristo. "No mundo conhecereis tribulações, mas não temais. Eu venci o mundo" (Jo, XVI, 33).