Sidney Silveira
Chegou-me ontem o número 71 da revista Le Sel de La Terre, dos dominicanos de Avrillé, na França, com 209 páginas de densos artigos.
Chegou-me ontem o número 71 da revista Le Sel de La Terre, dos dominicanos de Avrillé, na França, com 209 páginas de densos artigos.
Um deles, em particular, merece destaque: uma análise crítica da obra da religiosa Madre Teresa de Calcutá, assinada por Marie-Dominique, O.P. A sua conclusão, obviamente, não está de molde a agradar os paladares adocicados dos católicos liberais, pois ressalta que a beatificação da famosa freira, analisada à luz da sua vida e do seu trabalho na Índia, representa o novo conceito de santidade e de missão:
> A santidade não mais é mensurada pelas ações do Santo em favor da Igreja ou em defesa da fé, e nem tem por objetivo específico a salvação das almas em Cristo;
> A missão nada tem a ver com uma “expedição apostólica para conquistar almas para Cristo”, como era definida antigamente, mas deve buscar outros fins — alheios ou, muitas vezes, contrários aos fins da Igreja.
Frei Marie-Dominique conclui que Madre Teresa de Calcutá é o símbolo da nova espiritualidade ecumênica que invadiu a Igreja após o Concílio Vaticano II. Uma espiritualidade cujo objetivo é unir os homens em torno de temas genéricos de interesse comum, sob o pavilhão da solidariedade — conceito que, formalmente, nada tem a ver com a caridade infusa por Deus nas almas pertencentes a Nosso Senhor. Uma espiritualidade desvinculada dos propósitos salvíficos da Igreja instituída na terra por Cristo, cujo sangue foi vertido pela salvação de muitos.
Um exemplo colhido por frei Marie-Dominique no livro Mother Teresa, her people and her work, de Desmond Doig, ilustra bem o que estou dizendo. Certa vez, indagada por um jornalista se o seu exemplo poderia servir à conversão dos infiéis, disse a freira:
“Se alguém aceita a Deus [em seu coração], passa a ser um melhor hindu, um melhor muçulmano ou um melhor católico”.
Veja-se, abaixo, o sumário deste número da revista Le Sel de La Terre:
> A missão nada tem a ver com uma “expedição apostólica para conquistar almas para Cristo”, como era definida antigamente, mas deve buscar outros fins — alheios ou, muitas vezes, contrários aos fins da Igreja.
Frei Marie-Dominique conclui que Madre Teresa de Calcutá é o símbolo da nova espiritualidade ecumênica que invadiu a Igreja após o Concílio Vaticano II. Uma espiritualidade cujo objetivo é unir os homens em torno de temas genéricos de interesse comum, sob o pavilhão da solidariedade — conceito que, formalmente, nada tem a ver com a caridade infusa por Deus nas almas pertencentes a Nosso Senhor. Uma espiritualidade desvinculada dos propósitos salvíficos da Igreja instituída na terra por Cristo, cujo sangue foi vertido pela salvação de muitos.
Um exemplo colhido por frei Marie-Dominique no livro Mother Teresa, her people and her work, de Desmond Doig, ilustra bem o que estou dizendo. Certa vez, indagada por um jornalista se o seu exemplo poderia servir à conversão dos infiéis, disse a freira:
“Se alguém aceita a Deus [em seu coração], passa a ser um melhor hindu, um melhor muçulmano ou um melhor católico”.
Veja-se, abaixo, o sumário deste número da revista Le Sel de La Terre:
ÉDITORIAL
Nos saints, nos maîtres... et les leurs
ÉCRITURE SAINTE
* DOMINICUS
La Passion selon saint Matthieu
ÉTUDES
* Abbé Régis DE CACQUERAY FSSPX
« Les trois grandes religions monothéistes »
* Frère PIERRE-MARIE O.P.
Un combattant de la foi : Mgr Louis-Gaston de Ségur (1820-1881)
* Frère MARIE-DOMINIQUE O.P.
Vraie ou fausse charité ? Mère Teresa de Calcutta (1910-1997)
* DOMINICUS
Les quatre-vingts ans du Cerf
VIE SPIRITUELLE
* Dom MARÉCHAUX OSB
Les saintes, mères des saints
CIVILISATION CHRÉTIENNE
* Philippe GIRARD Mgr Tiso (1887-1947) : pour Dieu et la nation slovaque
LECTURES, DOCUMENTS: Lettre ouverte au pape sur l'islam - Œcuménisme papal en Terre sainte - Au sujet des discussions doctrinales avec Rome*
RECENSIONS: - Mémoire sur la famille royale au Temple - Saint Maximilien-Marie Kolbe - La dernière croisade : Les Français et la guerre de Candie 1669.
* PARMI LES BONS LIVRES PARUS :
- Les cent plus belles fleurs des Alpes (Olivier DUGON)
- Missel avec rituel et vespéral (D.F.T.)
- L’Église d’aujourd’hui, continuité ou rupture ? (Actes du 8e congrès théologique de Si Si No No)
- L’Église I – Sa divine constitution (Card. Louis BILLOT S.J.)
- Darwin méconnu (Jacques HENRY)
- L’État catholique (Pierre MARTIN)
- Méditations eucharstiques extraites des écrits et des catéchismes du saint Curé d’Ars (Abbé H. CONVERT)
- Je me suis converti à Saint-Nicolas-du-Chardonnet (Jean MONNERET)
- Paul VI bienheureux ? (Abbé Luigi VILLA) - Carnets spirituels (Père de CHIVRÉ).