Carlos Nougué
A leitura da bibliografia indicada com relação à aula inaugural do “Curso de História da Filosofia” não é pré-requisito para ela. Aliás, não o é tampouco para as demais aulas, que serão didaticamente suficientes e ministradas de modo acessível.
Indicando a cada aula a bibliografia correspondente, busca-se orientar o aluno em seus estudos, não só durante o nosso Curso, mas ao longo de toda a vida. Não se poderia tratar, naturalmente, de estudar salteadamente, por exemplo, uma Metafísica de Aristóteles, cuja leitura pode pressupor o acompanhamento de nosso primeiro ano de curso, no qual veremos toda a Filosofia Clássica (greco-romana). Nem, muito menos, se trataria de obrigatoriamente ler em latim um Comentário de Santo Tomás, o que não se pode indicar senão para os que já saibam a língua do Aquinate (e, se não está indicado em outras línguas, será pelo menos por desconhecimento nosso de traduções para elas). O aprendizado do latim, como do francês e do espanhol, parece-nos importantíssimo mas não indispensável para o estudo inicial das ciências filosóficas. Dada a enfermidade de que padece o atual sistema educacional também com respeito aos idiomas, seria absurdo postergar o aprendizado inicial da filosofia para depois do aprendizado deles. Muito pelo contrário, como o estudo das ciências filosóficas é coisa de toda uma vida, e como que deve converter-se em sangue e ossos de quem se entrega a ele, o estudo das línguas em que principalmente tais ciências se vertem pode ser feito concomitantemente àquele, e na medida do possível: primeiro o espanhol, depois o francês ou o latim. E não nos esqueçamos: nem Santo Agostinho nem Santo Tomás de Aquino sabiam grego, que era então a língua filosófica por excelência.
Temos por objetivo, com este Curso, dotar os alunos de ampla capacidade de entender a filosofia e sua linguagem. A leitura das obras indicadas em nossas bibliografias, portanto, deve dar-se quando já se tenham condições para tal ― para o que, justamente, nos esforçaremos por contribuir.
Até, pois, a aula inaugural.
A leitura da bibliografia indicada com relação à aula inaugural do “Curso de História da Filosofia” não é pré-requisito para ela. Aliás, não o é tampouco para as demais aulas, que serão didaticamente suficientes e ministradas de modo acessível.
Indicando a cada aula a bibliografia correspondente, busca-se orientar o aluno em seus estudos, não só durante o nosso Curso, mas ao longo de toda a vida. Não se poderia tratar, naturalmente, de estudar salteadamente, por exemplo, uma Metafísica de Aristóteles, cuja leitura pode pressupor o acompanhamento de nosso primeiro ano de curso, no qual veremos toda a Filosofia Clássica (greco-romana). Nem, muito menos, se trataria de obrigatoriamente ler em latim um Comentário de Santo Tomás, o que não se pode indicar senão para os que já saibam a língua do Aquinate (e, se não está indicado em outras línguas, será pelo menos por desconhecimento nosso de traduções para elas). O aprendizado do latim, como do francês e do espanhol, parece-nos importantíssimo mas não indispensável para o estudo inicial das ciências filosóficas. Dada a enfermidade de que padece o atual sistema educacional também com respeito aos idiomas, seria absurdo postergar o aprendizado inicial da filosofia para depois do aprendizado deles. Muito pelo contrário, como o estudo das ciências filosóficas é coisa de toda uma vida, e como que deve converter-se em sangue e ossos de quem se entrega a ele, o estudo das línguas em que principalmente tais ciências se vertem pode ser feito concomitantemente àquele, e na medida do possível: primeiro o espanhol, depois o francês ou o latim. E não nos esqueçamos: nem Santo Agostinho nem Santo Tomás de Aquino sabiam grego, que era então a língua filosófica por excelência.
Temos por objetivo, com este Curso, dotar os alunos de ampla capacidade de entender a filosofia e sua linguagem. A leitura das obras indicadas em nossas bibliografias, portanto, deve dar-se quando já se tenham condições para tal ― para o que, justamente, nos esforçaremos por contribuir.
Até, pois, a aula inaugural.