terça-feira, 7 de junho de 2011

A sombria estética do catolicismo pós-conciliar











Sidney Silveira

Há quase dois anos, escrevemos no Contra Impugnantes um texto que fazia referência ao templo erigido ao Padre Pio na Itália, repleto de mal-disfarçados anagramas maçônicos em sua arquitetura — cheio de imagens frontalmente anticatólicas. Agora, têm circulado pela internet algumas fotografias da terrífica Sala Paulo VI, no Vaticano, e da estatuária monstruosa que “enfeita” a Catedral de Brescia. Qualquer pessoa com um mínimo bom senso há de assustar-se à simples visão desta arte em que o grotesco predomina, o assombroso mostra-se em sua canhestra nudez. Em alguns destes casos, não se trata mais de algo oculto, e sim de uma malignidade facilmente identificável à primeira vista.


Nas imagens mais acima, por exemplo, Cristo ressurge da matéria, numa alusão claríssima à teologia darwinista de Teilhard de Chardin. Em poucas palavras: a ressurreição — ali representada — seria fruto da evolução da matéria, o que se ilustra por uma espécie de húmus larvar em que insetos se desenvolvem. Todo o movimento da obra parece indicar a Cristo como uma crisálida presa à matéria, dela saído e por ela sustentado. Além do mais, a obra em seu conjunto é simplesmente aterradora, coisa mesmo de assustar criancinhas. Quem disser que ela é adequada para expressar o mistério da ressurreição de Nosso Senhor, ou qualquer outra verdade de fé, tem maldade no coração ou não sabe o que são as coisas santas. Seria como afirmar que uma composição do declarado satanista Marilyn Manson expressa a piedade cristã.


As demais imagens são ainda mais inacreditáveis. Numa delas vemos o papa Paulo VI representado como uma espécie de mago do mal, com o rosto crispado, a testa franzida, o olhar arrevesado, a coluna encurvada. Noutra observa-se o mesmo papa com os dedos alongados e desproporcionais (no momumento na praça inferior do Santuário da Virgem Coroada, em Varese, na Itália), numa estátua cheia de simbologia maçônica (a propósito, da famosa lista de maçons do Vaticano feita pelo jornalista Mino Pecorelli, assassinado no ano de 1979, em Roma, consta o nome do secretário pessoal de Paulo VI, o arcebispo Pasquale Macchi, que mandou construir essa obra. Coincidência?).


Mas o pior de tudo são as imagens da placa direita que fica no pedestal da obra em Brescia, onde o losango de quatro partes — símbolo da maçonaria universal — está dos dois lados. Num desses losangos as cenas mostram, em uma parte, um horrível monstro a atacar o papa pelas costas, e na outra a mão do papa (cortada) parece simplesmente ter largado a mitra. Como li num site da Tradição, alguém poderia muito bem interpretar congruentemente, nestas duas imagens, duas coisas: o ataque ao papa e a destruição do papado.


Na parte inferior vemos o papa de cabeça para baixo, em atitude de sofrimento físico, com as mesmas falanges alongadas dos dedos que observamos na obra de Varese — falanges que, antigamente, serviam para retratar as bruxas e os feiticeiros. Quanto à parte superior desse losango, prefiro nem comentar, pois me dá medo, muito medo.


Esta é a estética oriunda da nova teologia, da nova Igreja, da Igreja reformada ad intra pelo Concílio Vaticano II e pelo Magistério que se lhe seguiu. Uma estética sombria que nada tem a ver com a santidade, a glória, a salvação e o poder universal de Nosso Senhor, mas antes parece representar as forças do mal que mostram as suas garras.


Até onde a vista humana alcança, o mal parece ter tomado conta de tudo na Igreja. Mas é promessa de Cristo que as portas do inferno não prevalecerão, verdade de fé na qual cremos firmemente, por anuência à autoridade divina. Ela nos dá a certeza da vitória final.


Em tempo: Ocorreu-me agora uma situação caseira. Para quem não sabe, a Catedral do Rio de Janeiro é fruto da inspiração de D. Jaime de Barros Câmara, então arcebispo por estas plagas, que numa viagem ao México achou lindas as pirâmides maias que serviam para sacrificar barbaramente crianças. Ou seja: uma Igreja que imita a forma de uma pirâmide maia que servia para tirar a vida, e com métodos brutais!!!!!!


Ora, diga-me a quem imitas, que direi se vou contigo...