As armas e os barões assinalados
Que da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
(Os Lusíadas, Canto I, estrofe 1)
Sidney Silveira
Grande poema épico em língua portuguesa, Os Lusíadas são o mais notável paradigma estético do idioma "em que Camões chorou, no exílio amargo / o gênio sem ventura e o amor sem brilho", nas famosas palavras de outro poeta que burilou com raro talento a última flor do Lácio: Olavo Bilac.
Escritos em 10 cantos, 1.102 estrofes e 8.816 versos em oitavas decassílabas — num esquema rímico já empregado por Ludovico Ariosto, no Orlando Furioso, e elevado à perfeição absoluta em língua portuguesa por Camões —, Os Lusíadas narram muito mais do que a descoberta do caminho das Índias pelo grande navegador Vasco da Gama: eles alcançam a região dos arquétipos da condição humana através da narrativa de episódios marcantes da história de Portugal.
Monumento literário de um poeta que, em sua obra lírica, se revela imbuído do mais refinado neoplatonismo cristão, Os Lusíadas são, a um só tempo, canto de amor, hino patriótico, ode à beleza, ourivesaria do idioma, ação de graças a Deus e relato de uma aventura verdadeiramente extraordinária — na qual ressalta a imaginação do autor genial, que une conteúdo e forma de maneira sublime e inextricável.
Mais do que simplesmente esquadrinhar os dez cantos d'Os Lusíadas, o professor Sergio Pachá, um brasileiro que, desde a juventude, se tem debruçado sobre os versos do mais alto poeta de nosso idioma, apresentará aos alunos do Instituto Angelicum esta obra-prima da literatura em seus principais vieses, mostrando o quanto a alma de nossa pátria — "a quarta parte nova" do mundo, mencionada no canto sétimo d'Os Lusíadas, que nós chamamos de Brasil — deve ao espírito de heróis portugueses que se fizeram ao mar.
A rica simbologia dos episódios bélicos, mitológicos e líricos d'Os Lusíadas será posta em tela, juntamente com os fatos históricos que permeiam o poema épico.
Cumpre neste ponto dizer que o intuito desta iniciativa pedagógica é mostrar a absoluta atualidade de Camões e libertá-lo dos bolorentos livros de crítica literária e dos manuais de história da literatura. Em síntese, estudá-lo com esmero e atentos à lição de obras clássicas hoje desdenhadas por professores que ostentam, como triste estandarte, o abandono da nossa tradição literária.
Camões é atual porque é eterna a substância poética de seus versos.
Ao final do curso, os alunos receberão um certificado do Instituto Angelicum assinado pelo Mestre em Língua Portuguesa Sergio Pachá e pelo Doutor em Filosofia Medieval Luiz Astorga, diretor do Instituto Angelicum.
Não perca esta oportunidade de conhecer um tesouro hoje quase esquecido da nossa literatura.
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