Sidney Silveira
Num conhecidíssimo Sermão, Gregório Magno, último dos Padres Latinos e também Papa (e Santo!), escreveu não menos que o seguinte:
“Nós, por nossa Fé, nos tornamos filhos de Abrahão; os judeus, por sua perfídia, deixaram de sê-lo”.
Quem percorre a história do Magistério da Igreja acha, sem o menor esforço**, incontáveis sentenças no tocante à posição eclesiástica quanto à situação espiritual e histórica dos judeus. O sentir comum é unânime e atravessa os séculos — desde a Tradição, passando pelos Padres Gregos e Latinos, pela Idade Média, os períodos da Reforma e da Contra-Reforma, os séculos que assistiram ao nascimento das Revoluções liberais, até... Pio XII!!!! É o seguinte:
a) culpa pessoal daqueles judeus cuja perfídia levou Cristo à crucificação. Isto é um dado de Fé com base na Sagrada Escritura, pois diz Nosso Senhor a Pilatos: “Quem te entregou a mim tem maior pecado” (Jo. XVIII, 11).
b) culpa coletiva dos judeus por negarem o Messias anunciado pelos Profetas. Ademais, como vários Doutores e Santos sempre frisaram ao longo de séculos sem fim, referendados pelo Magistério da Igreja, pesa sobre o povo judeu nada menos que um deicídio. Isto é o que se ensinava.
Não à-toa, até as reformas trazidas pelos ventos modernistas, rezava-se pela conversão dos judeus na Santa Missa. Isto mudou, como também mudaram o Código de Direito Canônico, o Catecismo, a liturgia, os ordenações sacerdotais, o modo de ministrar os sacramentos, etc.
Penso que, da mesma forma como logo encontraram um teólogo para justiticar as palavras do Papa Bento XVI com relação ao uso de preservativos por prostitutos, logo aparecerá um dos chamados “hermeneutas da continuidade” para justificar isto aqui...
** Não vou enumerar as citações, até porque elas são incontáveis; busque-as quem puder (e quiser) no Denzinger, pois estou sem tempo para isto no momento.
Em tempo: O diálogo interreligioso com os judeus pode resultar numa revisão do texto evangélico, mais dia menos dia... A começar no trecho que diz: "E o povo todo [judeu] respondeu: 'Caia sobre nós o seu sangue e sobre os nossos filhos'. (Mt. XXVII, 25).
Num conhecidíssimo Sermão, Gregório Magno, último dos Padres Latinos e também Papa (e Santo!), escreveu não menos que o seguinte:
“Nós, por nossa Fé, nos tornamos filhos de Abrahão; os judeus, por sua perfídia, deixaram de sê-lo”.
Quem percorre a história do Magistério da Igreja acha, sem o menor esforço**, incontáveis sentenças no tocante à posição eclesiástica quanto à situação espiritual e histórica dos judeus. O sentir comum é unânime e atravessa os séculos — desde a Tradição, passando pelos Padres Gregos e Latinos, pela Idade Média, os períodos da Reforma e da Contra-Reforma, os séculos que assistiram ao nascimento das Revoluções liberais, até... Pio XII!!!! É o seguinte:
a) culpa pessoal daqueles judeus cuja perfídia levou Cristo à crucificação. Isto é um dado de Fé com base na Sagrada Escritura, pois diz Nosso Senhor a Pilatos: “Quem te entregou a mim tem maior pecado” (Jo. XVIII, 11).
b) culpa coletiva dos judeus por negarem o Messias anunciado pelos Profetas. Ademais, como vários Doutores e Santos sempre frisaram ao longo de séculos sem fim, referendados pelo Magistério da Igreja, pesa sobre o povo judeu nada menos que um deicídio. Isto é o que se ensinava.
Não à-toa, até as reformas trazidas pelos ventos modernistas, rezava-se pela conversão dos judeus na Santa Missa. Isto mudou, como também mudaram o Código de Direito Canônico, o Catecismo, a liturgia, os ordenações sacerdotais, o modo de ministrar os sacramentos, etc.
Penso que, da mesma forma como logo encontraram um teólogo para justiticar as palavras do Papa Bento XVI com relação ao uso de preservativos por prostitutos, logo aparecerá um dos chamados “hermeneutas da continuidade” para justificar isto aqui...
** Não vou enumerar as citações, até porque elas são incontáveis; busque-as quem puder (e quiser) no Denzinger, pois estou sem tempo para isto no momento.
Em tempo: O diálogo interreligioso com os judeus pode resultar numa revisão do texto evangélico, mais dia menos dia... A começar no trecho que diz: "E o povo todo [judeu] respondeu: 'Caia sobre nós o seu sangue e sobre os nossos filhos'. (Mt. XXVII, 25).