Sidney Silveira
Nesta sexta-feira (25/03), recebi a visita do Padre Leonardo Holtz, que (acompanhado de seu pai) veio a minha casa para benzer a estátua de Santo Tomás de Aquino, o Doutor Angélico — que agora tem uma linda representação de cerca de 15 kg bronze maciço, em belíssima obra assinada pela escultora Sonia Cotecchia. Na ocasião, o Pe. Holtz informou-me que, enfim, deixou a Arquidiocese do Rio para ingressar na Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
Após o relato dos seus motivos, não pude senão concordar inteiramente com eles, pois na verdade é mais do que patente o seguinte: na Igreja mainstream, os melhores são hoje boicotados, impedidos de exercer o seu múnus sacerdotal em nível de excelência. Ao ouvir o Pe. Holtz, lembrei-me de uma frase do filósofo Julián Marías, que dizia ser o nosso tempo caracterizado pelo ódio à excelência (embora se referisse o pensador espanhol ao mundo, ao passo que hoje isto ocorre, dramaticamente, no meio eclesiástico, que deveria ser a luz do mundo).
Faço votos, Pe. Holtz, de que Nossa Senhora acompanhe e santifique esta nova etapa de sua vida. A propósito, daqui a alguns meses o sacerdote passará uma temporada de estudos em La Reja, no Seminário da FSSPX na Argentina, onde terá aulas com ninguém menos que o Pe. Álvaro Calderón — a meu ver, o maior tomista da atualidade, em todo o mundo. Para quem não sabe, um teólogo que, além de grande metafísico, é físico nuclear...