Carlos Nougué
Sigo sem tempo para escrever mais longamente para o blog; logo o farei. Por enquanto, porém, não posso deixar de demonstrar ainda que brevemente minha estupefação com certas coisas que leio saídas da pena de alguns católicos tradicionais, mais precisamente a respeito da última encíclica do Papa Bento XVI, Caridade na Verdade.
Mais precisamente ainda: dizem esses católicos que seria um absurdo ou injustiça criticar a encíclica pelo fato de ela não propor coisas catolicamente mais avançadas, estando claro, para os autores dessa tese, que tais coisas são impossíveis nos dias de hoje. Proporia assim o Papa, em sua encíclica, coisas factíveis na atualidade, quando já não vivemos na Cristandade ou civilização cristã.
Ora, o xis da questão não está aí. Está em que, para todos os católicos humanistas desde o velho Dante (passando pelo “tomista”, em verdade humanista, Francisco de Vitória, sobre o qual voltarei a falar, detidamente), a economia, a política, o Estado, o direito das gentes e as relações internacionais não estão essencialmente ordenados ao fim último do homem, Deus, nem pois ao poder espiritual por Ele instituído na terra, a Igreja.
Com efeito, que me importa salvar minha vida se com isso perderei minha alma? Pois bem, analogamente, que importa melhorar a economia e as relações políticas internacionais se tal não se faz em ordem a Deus e se, portanto, com isso, se perderão bilhões de almas mundo afora?
Lembremo-nos – e isto, como já se disse, não é “apocalipse-ficção”! – de que o próprio Anticristo, ou seja, o primogênito de Satanás, fará prodígios impressionantes no campo dos assuntos do mundo. E, como se lê no imprescindível Catecismo da Realeza de Jesus Cristo (se não me engano, a Fraternidade São Pio X o relançou recentemente), ainda que tudo no mundo indique a impossibilidade aparente dessa Realeza, devemos defendê-la até o último suspiro – não seja que, de tanto a omitirmos, acabemos nós mesmos por negá-la.
Sigo sem tempo para escrever mais longamente para o blog; logo o farei. Por enquanto, porém, não posso deixar de demonstrar ainda que brevemente minha estupefação com certas coisas que leio saídas da pena de alguns católicos tradicionais, mais precisamente a respeito da última encíclica do Papa Bento XVI, Caridade na Verdade.
Mais precisamente ainda: dizem esses católicos que seria um absurdo ou injustiça criticar a encíclica pelo fato de ela não propor coisas catolicamente mais avançadas, estando claro, para os autores dessa tese, que tais coisas são impossíveis nos dias de hoje. Proporia assim o Papa, em sua encíclica, coisas factíveis na atualidade, quando já não vivemos na Cristandade ou civilização cristã.
Ora, o xis da questão não está aí. Está em que, para todos os católicos humanistas desde o velho Dante (passando pelo “tomista”, em verdade humanista, Francisco de Vitória, sobre o qual voltarei a falar, detidamente), a economia, a política, o Estado, o direito das gentes e as relações internacionais não estão essencialmente ordenados ao fim último do homem, Deus, nem pois ao poder espiritual por Ele instituído na terra, a Igreja.
Com efeito, que me importa salvar minha vida se com isso perderei minha alma? Pois bem, analogamente, que importa melhorar a economia e as relações políticas internacionais se tal não se faz em ordem a Deus e se, portanto, com isso, se perderão bilhões de almas mundo afora?
Lembremo-nos – e isto, como já se disse, não é “apocalipse-ficção”! – de que o próprio Anticristo, ou seja, o primogênito de Satanás, fará prodígios impressionantes no campo dos assuntos do mundo. E, como se lê no imprescindível Catecismo da Realeza de Jesus Cristo (se não me engano, a Fraternidade São Pio X o relançou recentemente), ainda que tudo no mundo indique a impossibilidade aparente dessa Realeza, devemos defendê-la até o último suspiro – não seja que, de tanto a omitirmos, acabemos nós mesmos por negá-la.