SANTO
ALBERTO, "in philosophia, magnus", rogai por nós!
Sidney
Silveira
Aos amigos e inimigos católicos
Da série "DEDUÇÃO LÓGICA E TEOLÓGICA"
Aproxima-se rapidamente o momento em que se
tornará impossível deixar de ver o Concílio Vaticano II e a obra seqüencial de
todos os Papas desde então — de João XXIII a Francisco, sem exceções — em sua
unidade demolidora, não havendo margem a dúvida senão entre aqueles cuja
cegueira voluntária chegou ao ápice da ignorância culpável em forma de
obediência beócia a autoridades que se voltam contra a fé.
Então, as águas estarão divididas para que se dê
a derradeira perseguição, a qual não sabemos ao certo quando será, mas sabemos que
será.
Mais do que nunca, como diz o Pe. Álvaro
Calderón, notável tomista, é necessário defender
a Autoridade de Cristo contra as autoridades eclesiásticas obstinadas em
sua atuação formalmente contrária aos fins espirituais da Igreja.
Interessante é que muitos neoconservadores passarão a assumir uma postura mais ou menos tradicional,
sem agradecer àqueles a quem hoje chamam pejorativamente
"tradicionalistas", a saber, leigos e sacerdotes cuja atuação
onerosa, corajosa e moralmente solitária tornou-se nos últimos anos o farol
incômodo das verdades de fé — signo da candeia que permaneceu acima do
alqueire, mesmo alvejada pela malícia de católicos "meia boca".
Porém Deus, cuja ciência omniperfeita
metafisicamente a tudo abarca, saberá premiar a cada um conforme os seus
méritos em matéria tão grave.
O surgimento do homem ímpio, diz a Sagrada
Escritura, precisa ser precedido da Grande Apostasia, ou
seja: está prevista a déblâcle da
doutrina sem a qual o mundo não estaria preparado para o Anticristo, como
ensina Sto. Tomás de Aquino em seu Comentário
a Telssalonicenses, ao dizer que muitos na Igreja o receberão de braços abertos.
Santo Alberto Magno, cuja imagem ilustra este
breve texto, tenha piedade de nós e auxilie a todos com as suas luzes já em
estado glorioso, para que enxerguemos o quanto antes, e da forma mais clara
possível, os sinais dos tempos! Estes serão crescentemente marcantes no terreno
da política, com a quase impossibilidade ontológica de existirem bens
espirituais no seio das nações.
Na aparente vitória final do humanismo católico
liberal espraiado para a instância política, pacifismo, ecumenismo, gayzismo,
abortismo, ambientalismo, naturalismo em religião e satanismo explícito estarão
irmanados numa aglomeração indômita, num pluralismo homicida, numa cegueira
voluntária que aplaudirá de pé o delegado das trevas cujo reinado será
curto porém avassalador, conforme a Escritura.
Se estes dias de fechamento à ordem da graça não
fossem abreviados, nem os eleitos se salvariam...