sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pequeno trecho do livro "O Êxtase da Intimidade", editado pela Sétimo Selo e já à venda

Sidney Silveira


"(...) Acima dos motivos indicados está a posição de Santo Tomás, para quem o motivo do amor humano perfeito é a bondade ontológica do outro, na medida em que é boa ao mesmo tempo para ele e para mim, ainda que com certa hierarquia: porque o amor perfeito não é qualquer amor ao outro, mas o amor ao outro com que este é amado como objeto de felicidade ao qual nos ordenamos em nossos atos. (...) Reiteremos: o motivo formal do amor humano perfeito é a bondade ontológica do outro que está sendo comum ao amado e ao amante, numa preciosa correspondência (redamatio)".


Este pequeno trecho do livro O Êxtase da Intimidade - Ontologia do Amor Humano em Tomás de Aquino, do filósofo Juan Cruz Cruz, que os leitores do Contra Impugnantes podem adquirir com desconto de cerca de 25% nos próximos 20 dias, aponta como a equilibrada perpectiva tomista — que a Igreja por meio do Magistério acolheu como sua — é radicalmente contrária a teses como a girardiana; a tomista é conducente ao céu a partir da terra, vai do universo sensível ao plano inteligível sem o qual o amor seria apenas instinto; a de René Girard vai da terra para o andar de baixo, ou seja, não alcança o reino de clareza e inteligibilidade que hierarquiza os bens e ilumina a vontade para que escolha, com total liberdade, os melhores...