quinta-feira, 10 de abril de 2014

Gramática e loucura em escala social

Sidney Silveira
O VIGOR ÉTICO está para toda pujante noção de direito assim como a atenção às normas gramaticais elementares está para o pleno exercício da cidadania. Só numa sociedade demencial é difícil explicar às pessoas a necessidade de saberem concordar o sujeito com o predicado e formarem orações que encadeiem entre si pelo menos o esboço de um pensamento lógico, antes de que reclamem do governo ou adiram a um partido. 

Hordas de pessoas desarticuladas verbalmente — pessoas "anacolúticas" — não podem conformar nenhuma sociedade que não seja esquizofrênica e potencialmente homicida

E, ao fim e ao cabo, suicida.

A sintaxe psíquica garantidora da sanidade de um homem, implicada no conhecimento que tem do seu próprio universo interior e da realidade à sua volta, depende duma estruturação mínima da linguagem, a qual é organizada, codificada, ilustrada pela gramática.

Em suma: aprender a pensar e também a sentir projetando sobre os dados sensitivos a luz do intelecto natural é algo que passa pela capacidade de estruturar o discurso lógico. Só quem entende este princípio gnosiológico sabe que a gramática tem papel social preponderante e é muito mais que um mero conjunto de regrinhas de escrita.

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