Sidney Silveira
Há quem, ao nos conhecer, se surpreenda por encontrar pessoas bem-humoradas, malgrado o teor da luta em que estamos e a situação dramática que a suscita. Ocorre que jamais nos esquecemos do seguinte: somos felizes porque lutamos pela Igreja e por sempre nos lembrarmos de que em Deus vivemos e somos. Ademais, sem o aspecto lúdico a vida perde muito do seu sabor cotidiano, e o próprio Santo Tomás dizia que o fastidium, ou seja, o tédio, é um impedimento formal para a aquisição do conhecimento. Daí que uma cota mínima de alegria despojada deva fazer parte de nossa vida, para o espírito não se tornar tenso ao extremo.
Assim, imbuído de uma alegria lúdica que me remete a uma paixão de infância, quando eu saía do estádio do Maracanã nos ombros do meu pai após cada vitória futebolística, deixo o registro de que o meu clube de coração, o Fluminense, o pó-de-arroz, tradicional tricolor das Laranjeiras (bairro da zona sul carioca), conquistou ontem, após 26 anos de espera, o título de campeão brasileiro de futebol.
Aqui, pois, remeto-nos ao hino mais bonito de todos os clubes brasileiros, tendo como pano de fundo um lindo sobrevôo sobre o Cristo Redentor, na minha cidade natal de São Sebastião do Rio de Janeiro; e, neste outro link, uma versão — dissonante, mas também bela — do mesmo hino tocado por um dos grandes pianistas brasileiros, igualmente torcedor do Flu. Hino que diz num trecho:
“Vence o Fluminense/com o verde da esperança/pois quem espera sempre alcança”.
P.S. E, ao meu amigo Angueth, torcedor do Cruzeiro de Belo Horizonte, segundo colocado deste ano, deixo o meu abraço de campeão!
P.S. 2. Vou "dedurar" o meu companheiro de blog e amigo Nougué: embora bem mais timidamente do que eu, é ele também um torcedor do Fluminense...