Sidney Silveira
A VERDADE DA TRISTEZA e O DIA DE AMANHÃ
A TRISTEZA nunca é cínica. Ao contrário, é próprio da tristeza ser um dos sentimentos mais verazes que podem aflorar no coração de um homem.
Digamos em breves palavras: a tristeza é a sinceridade da dor, é o sofrimento diante do espelho da consciência. Daí ser respeitável em si mesma, profunda.
Portanto, nunca duvidem da sinceridade duma pessoa triste.
Este domingo (26/10/2014) foi um dia muito triste para metade do Brasil. Exatamente a metade que, a deduzirmos pelos vagidos mentais de petistas hereditários exultantes na hora presente, não é o "povo" do Brasil, mas apenas um conglomerado catalogável de almas preconceituosas, injustas, elitistas, etc.
Deixemos esses bobalhões para lá.
O fato é que, mesmo sendo sincera, a tristeza não pode perdurar indefinidamente, pois neste caso é capaz de acarretar estados de espírito deletérios, prejudiciais à sanidade psíquica de qualquer pessoa.
Tendo estas breves considerações em vista, APAGAREI AGORA todos os comentários sobre política postados neste último mês no Contra Impugnantes. Não porque eu mude um só jota do que escrevi, mas para não contemplar uma realidade para mim tristíssima — e, não me parece ocioso dizer, tristeza não se cura senão com as alegrias que lhe são contrárias. E com trabalho.
No caso de um homem de fé, ela é curada sobretudo COM AMOR A DEUS, a quem ele presta culto incensando a própria alma em holocausto amoroso.
Em resumidas contas, A POLÍTICA É MEIO, e não fim. Portanto, a derrota política não pode ser maior que o fim transpolítico ao qual a política mesma visa. Curemos, pois, a tristeza com banho frio, oração e trabalho, confiantes na existência duma justiça com "J" maiúsculo, que ao final prevalecerá.
Mas se nos próximos anos o cálice for por demais amargo para muitos brasileiros não dobráveis aos poderosos de plantão, e amanhã estes nos cobrarem o testemunho do nosso próprio sangue, da nossa honra, das verdades mais caras à nossa alma, que esse amanhã não nos surpreenda desatentos com relação aos bens superiores sem os quais a vida humana não teria nenhum sentido.
Volto a dedicar-me ao trabalho, e anuncio para breve a Coleção Escolástica, da editora Concreta, que aceitei coordenar a convite de Renan Martins Dos Santos.
A propósito, o meu trabalho com a Coleção Medievalia, da editora É Realizações, a qual já trouxe a lume duas magníficas obras, e trará outras em 2015, assim como o do Instituto Angelicum (que contempla a publicação de livros e a realização de cursos), também CONTINUARÁ.
Até quando Deus quiser.
Logo, novidades serão anunciadas.