Sidney Silveira
Comecei hoje a leitura do livro Umbrales de la Filosofía - Cuatro Introducciones Tomistas, do Pe. Álvaro Calderón. O mínimo que, desde logo, posso dizer com toda a segurança é: como emociona ver o tomismo vivo!
A inteligência humana é tão débil frente à inesgotabilidade da verdade, que sempre precisa de guias seguros para poder desbravá-la, sondá-la mais e mais, repotencializar-se e abrir novos horizontes, assimilar novas formas inteligíveis e escavar o mistério do Ser. E que guias bons são os verdeiros tomistas, fiéis à letra e ao espírito da obra do mestre medieval! Quão lindamente mostram que Santo Tomás não morreu nem deixou de ensinar, como o indica a oração da Missa de 7 de Março:
"Oh, Deus, que ilustrais a Igreja com a admirável ciência do bem-aventurado Tomás, confessor Vosso, e a fecundais com a santidade de sua influência, dai-nos a graça de entender o que ele ensinou e de fielmente imitar o que praticou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém!".
Conforme argutamente aponta Calderón, a perene atualidade do ensinamento do Doutor Comum é indicada pelo presente dos seguintes verbos nesta oração: clarificas et fecundas.
Pode o mundo desabar, a Igreja conhecer tempestades as mais diabólicas, dando-nos a impressão de que o inimigo nela infiltrado venceu, mas quis a Providência deixar-nos aqui na Terra um remédio teológico eficaz para manter a Tradição sempre viva: a obra de Santo Tomás de Aquino, verdadeiro milagre da inteligência a serviço da fé e da filosofia.
Ao acabar a leitura, escreverei um comentário sobre esta preciosa obra aqui no Contra Impugnantes. Isto depois de dar encaminhamento à resolução de uns problemas de saúde urgentes, aos quais farei alusão numa "Carta aos Leitores" a ser postada em breve neste espaço.