quinta-feira, 31 de julho de 2008

Explicações necessárias

Sidney Silveira
Feitas as observações do texto anterior, cabe agora explicar alguns pontos — com toda a serenidade, e tendo sempre a verdade como valor inarredável —, dada a gravidade das alusões que a nós foram feitas recentemente na Internet, com certeza por ignorância não-culpável, e não por má-fé:

1- É errôneo concluir ou mesmo insinuar que, por citarmos eventualmente algum documento do Magistério de Papas do passado, estejamos contra o Papa atual, Bento XVI, legítimo sucessor de Pedro. Isto fazem os chamados sedevacantistas;
2- O sedevacantismo, para quem não sabe, é um movimento composto por grupos (bastante heterogêneos e discordantes entre si) que acham simplesmente que o Papa não é Papa, pois a sede de Roma, em sua não-autorizada opinião, está vacante. Nunca fomos, nem eu nem o Prof. Nougué, sedevacantistas! Se um dia o tivéssemos sido — e, com isto, influenciado uma só pessoa que fosse —, abjuraríamos publicamente de tão grave erro, o qual se baseia num voluntarismo doutrinal inconcebível para um católico (ou seja: julgar ou interpretar o Magistério da Igreja);
3- A propósito, nenhum fiel católico pode interpretar o Magistério da Igreja; só quem tem autoridade para fazê-lo é o próprio Magistério (ainda voltaremos a isto). Sendo assim, por absoluta falta de autoridade, nem eu nem o Nougué — pobres zés-ninguéns! — “interpretamos” o Magistério. Quem disse (ou disser) isso, por gentileza, aponte onde o fizemos, pois a acusação é grave pela matéria de que trata, e não pelas pessoas de suma desimportância contra quem foram feitas (eu e o Nougué). Neste caso, agradeceríamos imensamente e faríamos uma retratação pública.

Tais esclarecimentos são fundamentais, pois o nosso blog tem sido muito visitado e se trata, portanto, de uma questão de responsabilidade. Apenas por isto (e não por fúteis preocupações com a própria imagem), não deixaremos sem resposta imputações de fatos a nós relacionados que não correspondam à verdade — tão-somente por aquilo que a omissão da verdade, neste caso, poderia representar. Ademais: o horizonte do combate aqui travado está descrito de forma explícita no enunciado que pusemos no pórtico do Contra Impugnantes.

O Nougué, num próximo texto, também explicará de sua parte alguns pontos referentes a essas críticas em matéria grave — que não duvidamos terem sido feitas com a melhor das intenções. Ocorre que, neste caso, não estamos julgando a intenção, mas o resultado prático da ação; analogamente, se alguém (sem querer!) bebe um veneno de ação rápida, sofrerá as conseqüências disto independentemente de o ter ingerido com a melhor das intenções. E muito menos julgamos as pessoas; também neste caso, se alguém nos acusa disto pedimos encarecidamente que aponte onde e como. Será um favor!

Entregamos tudo o mais nas mãos de Maria, a quem este modesto espaço na Internet é oferecido. O resto é bobagem.