quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Brevíssimo exercício de teologia da história



SANTO ALBERTO, "in philosophia, magnus", rogai por nós!

Sidney Silveira

Aos amigos e inimigos católicos
Da série "DEDUÇÃO LÓGICA E TEOLÓGICA"

Aproxima-se rapidamente o momento em que se tornará impossível deixar de ver o Concílio Vaticano II e a obra seqüencial de todos os Papas desde então — de João XXIII a Francisco, sem exceções — em sua unidade demolidora, não havendo margem a dúvida senão entre aqueles cuja cegueira voluntária chegou ao ápice da ignorância culpável em forma de obediência beócia a autoridades que se voltam contra a fé.

Então, as águas estarão divididas para que se dê a derradeira perseguição, a qual não sabemos ao certo quando será, mas sabemos que será.

Mais do que nunca, como diz o Pe. Álvaro Calderón, notável tomista, é necessário defender a Autoridade de Cristo contra as autoridades eclesiásticas obstinadas em sua atuação formalmente contrária aos fins espirituais da Igreja.

Interessante é que muitos neoconservadores passarão a assumir uma postura mais ou menos tradicional, sem agradecer àqueles a quem hoje chamam pejorativamente "tradicionalistas", a saber, leigos e sacerdotes cuja atuação onerosa, corajosa e moralmente solitária tornou-se nos últimos anos o farol incômodo das verdades de fé — signo da candeia que permaneceu acima do alqueire, mesmo alvejada pela malícia de católicos "meia boca".

Porém Deus, cuja ciência omniperfeita metafisicamente a tudo abarca, saberá premiar a cada um conforme os seus méritos em matéria tão grave.

O surgimento do homem ímpio, diz a Sagrada Escritura, precisa ser precedido da Grande Apostasia, ou seja: está prevista a déblâcle da doutrina sem a qual o mundo não estaria preparado para o Anticristo, como ensina Sto. Tomás de Aquino em seu Comentário a Telssalonicenses, ao dizer que muitos na Igreja o receberão de braços abertos.

Santo Alberto Magno, cuja imagem ilustra este breve texto, tenha piedade de nós e auxilie a todos com as suas luzes já em estado glorioso, para que enxerguemos o quanto antes, e da forma mais clara possível, os sinais dos tempos! Estes serão crescentemente marcantes no terreno da política, com a quase impossibilidade ontológica de existirem bens espirituais no seio das nações.

Na aparente vitória final do humanismo católico liberal espraiado para a instância política, pacifismo, ecumenismo, gayzismo, abortismo, ambientalismo, naturalismo em religião e satanismo explícito estarão irmanados numa aglomeração indômita, num pluralismo homicida, numa cegueira voluntária que aplaudirá de pé o delegado das trevas cujo reinado será curto porém avassalador, conforme a Escritura.

Se estes dias de fechamento à ordem da graça não fossem abreviados, nem os eleitos se salvariam...