Sidney Silveira
Quando a irreverência transforma-se em hábito é sinal de que a devoção a Deus e a piedade são impossíveis para uma pessoa.
Leia-se com atenção o Capítulo XX da Regra de São Bento, intitulado "De reverentia orationis", para que se entenda o seguinte: OS IRREVERENTES SÃO DEVOTOS DO PRÓPRIO UMBIGO, no melhor dos casos, porque lhes falta o abandono de si e a circunspecção, duas características das almas contemplativas, únicas capazes de real devoção.
Muita galhofa para com os homens descamba num coração impuro para relacionar-se com Deus da maneira devida, a saber, reverente e devotamente.
"Humilitas", "reverentia" e "puritatis devotio", que segundo São Bento perfazem a atitude interior da verdadeira oração, são realidades muito distantes dos escarnecedores.
Se estivesse nos desígnios de Deus recivilizar o mundo, bastava, sim, a essência da pedagogia beneditina.